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A
produção rural no Estado de São Paulo.
A região de São José do Rio
Preto, assim como a grande maioria das outras regiões, é constituída
basicamente em municípios com estrutura rural, agrícola e pecuária. Os
pequenos e médios produtores dessas regiões, é que sustenta a economia
municipal.
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Os grandes produtores, em minoria
porém, reunidos em associações como a UDR e outras, defendem econômica e
politicamente seus direitos que, em absoluto, não são os mesmos dos pequenos
fazendeiros ou sitiantes. Para os grandes, existe o BNDS, o Banco do
Brasil e até repasse de recursos internacionais. E os pequenos ficam com
a sobra do Banco do Brasil que não chega a atender 50% de lavradores.
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Quem sempre manteve os pequenos e
médios produtores, foi o Banespa, para esse fim criado na década de 20. Seus recursos são os fundos públicos, estadual e municipais, além dos
depósitos da população em geral. A atividade rural não tem
margem de lucro alta, como por exemplo, as empresas especulativas, logo,
não tem a mínima condição de recorrer ao apoio de bancos particulares com
seus ferozes juros.
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Os pequenos produtores rurais,
não têm uma entidade expressiva que os reúna para defesa de seus direitos.
Mas, os seus direitos são os mesmos da população que os deveria defender, mas
a população também não sabe o que está acontecendo. Quem deveria defender a
população, que são os seus representes, estão sobrecarregados com outros
assuntos, e o caminho está aberto para a venda do Banespa.
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Quem está vendendo o Banespa é o
presidente FHC e sua equipe econômica, todos, quando garotos adolescentes, freqüentaram
escolas da Europa e América do norte. Conhecem muito bem Paris, New York
etc. Se perguntar a qualquer um deles, inclusive o presidente, não
sabem o que é Ibirá, Uchoa, Catanduva, São José do Rio Preto e qualquer
outro município que seja brasileiro. Muito menos sua economia e o pequeno
produtor rural.
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Isso não precisaria dizer,
qualquer vereador sabe, mas poucos fizeram qualquer defesa. No Rio Grande
do Sul, a Câmara Municipal de Porto Alegre, entrou com ação judicial contra a
venda do Banespa. E nós, paulistas?
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Para encerrar, o Sr.Bresser
Pereira, encarregado de avaliar o patrimônio do Banespa, concluiu pelo valor de
pouco mais de um bilhão de reais. É muito descaramento.
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Carlos de Mello Boschini
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Ex-funcionário de carteira agrícola em agências do Banespa
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